sexta-feira, 22 de março de 2013

Contos de fadas



 

(Preparando minha aula desta semana-Acelera)

"Estou "encantada"! Conhecer um pouco mais sobre os contos de fadas, a sua gênese, é ainda mais encantador, os autores, as formas como eles foram inventados, o período...sabe?Tudo lindo!! 
Veja o link e navegue também nesse universo de sonhos, amei!!"

Cheirinhos, voltem sempre!!

 
Esopo (+/- 620 a. C.)
Grécia Antiga
La Fontaine (1621-1695)
séc. XVII Absolutismo e Classicismo
Charles Perrault (1628-1703)
séc. XVII Absolutismo e Classicismo
Irmãos Grimm: Jacob e Wilhelm (entre 1785 e 1863)
séc. XIX Romantismo
Hans Christian Andersen (1805-1875)
séc. XIX Romantismo
Monteiro Lobato (1882-1948)
séc. XX Pré-Modernismo
Ziraldo (1932 - )
Contemporaneidade
Ana Maria Machado (1942 - )
Contemporaneidade


 

Contos de Fadas

Quem lê "Cinderela" não imagina que há registros de que essa história já era contada na China, durante o século IX d. C.. E, assim como tantas outras, tem-se perpetuado há milênios, atravessando toda a força e a perenidade do folclore dos povos, sobretudo, através da tradição oral.
Pode-se dizer que os contos de fadas, na versão literária, atualizam ou reinterpretam, em suas variantes questões universais, como os conflitos do poder e a formação dos valores, misturando realidade e fantasia, no clima do "Era uma vez...".
Por lidarem com conteúdos da sabedoria popular, com conteúdos essenciais da condição humana, é que esses contos de fadas são importantes, perpetuando-se até hoje. Neles encontramos o amor, os medos, as dificuldades de ser criança, as carências (materiais e afetivas), as auto-descobertas, as perdas, as buscas, a solidão e o encontro.
Os contos de fadas caracterizam-se pela presença do elemento "fada". Etimologicamente, a palavra fada vem do latim fatum (destino, fatalidade, oráculo).
Tornaram-se conhecidas como seres fantásticos ou imaginários, de grande beleza, que se apresentavam sob forma de mulher. Dotadas de virtudes e poderes sobrenaturais, interferem na vida dos homens, para auxiliá-los em situações-limite, quando já nenhuma solução natural seria possível.
Podem, ainda, encarnar o Mal e apresentarem-se como o avesso da imagem anterior, isto é, como bruxas. Vulgarmente, se diz que fada e bruxa são formas simbólicas da eterna dualidade da mulher, ou da condição feminina.
O enredo básico dos contos de fadas expressa os obstáculos, ou provas, que precisam ser vencidas, como um verdadeiro ritual iniciático, para que o herói alcance sua auto-realização existencial, seja pelo encontro de seu verdadeiro "eu", seja pelo encontro da princesa, que encarna o ideal a ser alcançado.

Estrutura básica dos contos de fadas

  • Início - nele aparece o herói (ou heroína) e sua dificuldade ou restrição. Problemas vinculados à realidade, como estados de carência, penúria, conflitos, etc., que desequilibram a tranqüilidade inicial;
  • Ruptura - é quando o herói se desliga de sua vida concreta, sai da proteção e mergulha no completo desconhecido;
  • Confronto e superação de obstáculos e perigos - busca de soluções no plano da fantasia com a introdução de elementos imaginários;
  • Restauração - início do processo de descobrir o novo, possibilidades, potencialidades e polaridades opostas;
  • Desfecho - volta à realidade. União dos opostos, germinação, florescimento, colheita e transcendência.



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